segunda-feira, 15 de abril de 2024

PRESENÇA FRANCESA NAS AMÉRICAS

A França teve uma participação muito importante no processo de formação das três Américas, compartilhando os mesmos ideais políticos e culturais, através de uma sólida relação de respeito e admiração recíproca. Todo este legado histórico não é um patrimônio esquecido no passado, mas um desafio a inspirar as futuras gerações.
O idioma francês, por exemplo, foi incorporado em algumas colônias do Novo Mundo, como em boa parte do Canadá e em países insulares da região do Caribe – Martinica, San Martín e Haiti – e na Guiana Francesa.
Em grandes cidades tradicionais, como Nova Orleans, nos Estados Unidos, São Luís do Maranhão e Rio de Janeiro, no Brasil, os franceses tiveram uma presença determinante na sua fundação, nos primórdios do povoamento europeu.
No século XVIII, o desempenho militar da França – da Marinha, em especial – na memorável luta pela independência dos Estados Unidos foi um episódio definitivo na consolidação de uma amizade histórica entre os dois países.
Essa relação vai se refletir no aspecto artístico, onde a criação francesa também está presente na origem de dois ícones da indústria cultural americana do século XX, oferecendo os elementos básicos para os seu florescimento – o jazz e o cinema. 
As conexões da França com o Brasil, construídas desde o início do século XVI, foram entremeadas pelas circunstâncias da rivalidade com os colonizadores portugueses. Foi em resposta à tentativa dos franceses de conquistar territórios no Brasil que Portugal decidiu intensificar a ocupação da costa atlântica, estabelecendo fortificações ao longo do litoral brasileiro.
Já em 1808, quando o rei português João 6º veio para o Brasil para escapar da invasão do exército napoleônico, o estabelecimento de uma monarquia em solo americano trouxe características muito peculiares ao processo de estruturação administrativa do território brasileiro. 
Neste contexto muito específico dos acontecimentos históricos No início do século XIX na Europa, o reino de Portugal manteve unida toda a chamada América portuguesa, enquanto a parte espanhola do continente era fragmentada em diversas repúblicas autônomas.
Há passagens épicas na participação francesa na construção das Américas, às vezes contraditórias e quase sempre com significativo simbolismo histórico, como a fracassada tentativa de intervenção monárquica no México na década de 1860. 
Diante da expansão dos protestantes republicanos nos Estados Unidos, o governo católico da França tentou implantar um governo imperial mexicano, para restaurar o regime absolutista anterior, enquanto os estadunidenses estavam  ocupados demais com a sua guerra interna na Guerra de Secessão, entre 1861 e 1865.
De 1864 a 1867, Maximiliano de Lorena, que tinha relações bem próximas com o monarca brasileiro Dom Pedro II, foi persuadido, por um plano do rei francês Napoleão III e de um grupo de monarquistas mexicanos, a assumir a coroa do recém-fundado Segundo Império Mexicano. Mas os grupos rebeldes de republicanos locais conseguiram se organizar para resistir e assim o México também passou a viver a sua guerra civil.
Os Estados Unidos não reconheceram o "imperador" Maximiliano e exigiram a retirada das tropas francesas do território mexicano. O projeto monárquico francês foi se desmoronando aos poucos, até que Maximiliano acabou preso e condenado à morte.
Apesar dos fatores negativos de todo processo de colonização, os franceses sabiam valorizar os costumes locais de cada região, ao mesmo tempo em que exerciam sua ampla influência cultural, em atividades diversas como a literatura, o direito, a arquitetura, a música, o cinema, o teatro, as artes plásticas, o esporte, a gastronomia, o vestuário etc.
Na passagem do século XIX para o XX, no auge da chamada "belle époque" – antes da primeira guerra mundial – enquanto o brasileiro Santos Dumont voava pelos céus de Paris, a França vivia o seu apogeu, despontando como a principal referência civilizacional para todos os demais centros urbanos do mundo.
Nosso estado de Minas Gerais tem uma relação particular com o gigante europeu, já que a nossa bandeira, símbolo da Inconfidência Mineira, é uma homenagem aos ideais revolucionários franceses de 1789. 
Muito além da paixão pelos vinhos e pelos queijos, os mineiros firmaram com os franceses uma relação de compromisso e respeito, visando a preservação dos valores culturais históricos que estão na base da nossa formação ética e humanística.
Ligados, enfim, por uma parceria estratégica, a França e as três Américas empreendem atualmente uma ação convergente nas relações internacionais, como atores globais que cultivam os mesmos princípios democráticos e a mesma ambição de construir um mundo mais justo, livre, fraterno e culturalmente diversificado.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

CABALLEROS DE LA FIDE - CHE GUEVARA

La aficción del Comandante Ernesto Guevara
por los deportes es muy conocida. Desde temprana edad
practicó la natación, el ciclismo y también el rugby,
sin embargo fue el ajedrez  su disciplina favorita.

El joven Che tuvo el primer contacto con ajedrecistas cubanos cuando asistió, como espectador, a la Olimpiada de Ajedrez desarrollada en su tierra natal en 1939, donde el genial José Raúl Capablanca protagonizó una actuación perfecta en el primer tablero y logró la medalla de oro.
Ni la guerrilla ni sus responsabilidades como dirigente de la Revolución pudieron apartar al Che de los tableros. Le robaba minutos a su corto descanso para dedicárselos al juego ciencia.
Durante la preparación militar en México, el Che tuvo en el comandante Alberto Bayo a un duro rival, y las victorias se repartían a partes iguales entre ellos. Luego, en la Sierra Maestra, llevó siempre un tablero en su mochila.
Al triunfar la Revolución fue el principal impulsor del juego ciencia en Cuba. Participó en varios torneos organizados por el entonces recién creado Instituto Nacional de Deportes (INDER), primero en la tercera categoría, pero allí tuvo tan buenos resultados que pasó de inmediato a la primera división del ajedrez nacional.
Además, como Ministro de Industrias tomó parte en competencias contra otros ministerios, el Cuerpo de Artillería y la desaparecida CMQ. En 1963 obtuvo el segundo lugar en el torneo del Ministerio de Industrias.
Fue el creador de los torneos "Capablanca in Memoriam", prestigioso evento que ya acumula 40 ediciones. El Che enfrentó a importantes figuras del ajedrez mundial como los Grandes Maestros Mijail Tal, Víctor Korchonoi, Miroslav Filip y Miguel Najdorf en partidas simultáneas y en ninguna cayó derrotado.
En 1962, cuando se desarrollaba el primer "Capablanca", el Che expresó: "En este momento de confrontaciones mundiales que se deben a sistemas ideológicos muy distintos, el ajedrez puede y es capaz de aglutinar a gentes de países con sistemas políticos diferentes".
El Che no poseía muchos conocimientos teóricos sobre las aperturas, su juego era táctico, siempre al ataque y tenía predilección por la resolución de problemas de ajedrez. Sus favoritos eran los que terminaban en jaque mate en tres jugadas. Por lo general estos son muy difíciles y requieren una concentración total por parte del ajedrecista. El Che fue capaz de resolver posiciones muy complicadas en las que utilizó su gran poder imaginativo.
     Eleazar Jiménez, maestro internacional ya desaparecido y varias veces campeón nacional recuerda facetas del Che: "Le gustaba mucho jugar rapid trans a 5 minutos y era frecuente que al concluir la sesión de algún Capablanca se sentará con algunos cubanos o extranjeros de calidad para efectuar este tipo de partida".
Una vez un periodista italiano le preguntó al presidente cubano Fidel Castro sobre sus partidas contra el Che y este respondió: "él sabía más que yo porque realmente el Che había estudiado algo del ajedrez y yo jugaba por intuición".
Por su aporte al desarrollo del ajedrez en todo el continente, en el 2001 la Federación Internacional de Ajedrez (FIDE) incluyó al Comandante Ernesto Guevara en su Libro de Oro y lo nombró "Caballero de la FIDE".

*Miguel Ernesto Gómez Masjuán.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

CONDIÇÕES NATURAIS PARA A EXISTÊNCIA DE VIDA NA TERRA


O termo “ecologia” deriva de duas palavras gregas: “olkos”, que pode significar “casa” ou, em um sentido mais amplo, “ambiente”; e “logos”, que significa “ciência” ou “estudo”. É definido, portanto, de forma sintética, como “ciência do ambiente” ou, em um conceito mais completo, “a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem” ou ainda “a ciência que estuda os ecossistemas”.
Ecossistema é todo o conjunto biológico formado por um ambiente físico, como o solo, a água e o ar, incluindo os seres vivos que o habitam. São exemplos simples de ecossistemas os campos, as florestas, os rios, os lagos, os mares etc. Ecologia, portanto, é o estudo das condições naturais que garantem a sobrevivência dos seres vivos e possibilitam o desenvolvimento e a proliferação das várias formas de vida no planeta.
A essência deste fenômeno complexo está condicionada ao entrelaçamento de um vasto conjunto de diferentes “módulos” ambientais. A conjugação de vários tipos de pequenos ecossistemas conduz à formação de ecossistemas maiores e ainda mais complexos, compondo desta forma a estrutura e o equilíbrio global do grande ecossistema planetário, a chamada “biosfera” terrestre.
A possibilidade de existência de vida no planeta Terra depende, portanto, de múltiplas atividades físicas e químicas que caracterizam a dinâmica estrutural da biosfera. Cada módulo ou sistema ambiental está equilibrado de forma a consumir uma determinada quantidade de gás carbono e água, produzindo a partir destes elementos um certo volume relativo de oxigênio e de matéria orgânica que serve de alimento para os seres vivos.
As variadas espécies da fauna e da flora desempenham papéis específicos nesta engenharia ambiental, atuando como entes interdependentes na produção permanente de energia para a vida, através de diversas estruturas de cadeias alimentares. Uma alteração em larga escala na qualidade ou na quantidade do consumo e produção destes elementos físico-químicos nos ecossistemas menores poderá desequilibrar todo o ecossistema planetário, comprometendo as condições necessárias para a preservação da vida na Terra.
A imensa diversidade de seres vivos é uma das principais características da Natureza. As comunidades biológicas habitam um espaço chamado "habitat", onde exercem as atividades de reprodução e consumo de energia (nicho ecológico). Os vegetais que se reproduzem por meio de flores, por exemplo, necessitam de alguma espécie de inseto para a sua polinização e a perpetuação da sua espécie. O extermínio deste tipo de inseto no meio ambiente vai provocar também a extinção destes vegetais e um desequilíbrio em cadeia de todo o ecossistema.
Os chamados “fatores ecológicos” de cada espécie são determinados pela forma como as populações de seres vivos trabalham e sobrevivem no seu habitat. Existem, portanto, determinados limites naturais de tolerância para a sobrevivência das espécies em um ecossistema integrado. A modificação das condições biológicas características dos habitats naturais irão prejudicar o desenvolvimento dessas espécies, e, em alguns casos, até levar à sua extinção.
A morte de grandes populações de insetos pela aplicação indiscriminada de pesticidas vai impossibilitar a polinização e a reprodução das plantas, provocando, por sua vez, a morte das aves que vivem do alimento produzido pelas plantas. E a morte das aves trará novas alterações no ecossistema, formando um círculo vicioso cada vez mais acelerado.
A destruição de ecossistemas pela intensidade e pelo acúmulo das atividades poluentes do ser humano é a principal causa de extinção e de perda da diversidade biológica do planeta. Este processo de degradação atinge também as populações humanas, já que a existência de uma grande biodiversidade é fundamental para garantir, por exemplo, a água que bebemos e o ar que respiramos, bem como para manter a produtividade do solo, entre outros fatores.
Por isso é tão importante cuidar da preservação de todas as espécies, dos peixes, dos anfíbios, dos répteis, dos insetos e de toda a fauna e flora, sob pena de quebrarmos os elos essenciais que nos mantêm vivos nos diferentes sistemas biológicos interagentes do nosso planeta. Serão imprevisíveis os perigos que poderão surgir para a vida na Terra se continuarem as alterações degenerativas das condições naturais do planeta em função das ações industriais das comunidades humanas.
Diante deste horizonte alarmante, a preocupação com a qualidade do ar e da água foi um dos pontos de partida para a construção de políticas de preservação, através da permanente aferição dos níveis de pureza destes elementos no meio ambiente. Apesar do ar e da água serem tão abundantes na Natureza, atualmente já podem ser considerados como bens escassos em algumas regiões do planeta, devido à sua má utilização, aos altos índices de poluição e à degradação permanente dos ecossistemas que garantem a produção das suas fontes naturais.
A cada dia que passa, aumenta a consciência social sobre a necessidade de cuidar destes dois bens fundamentais da Natureza - o ar e a água. Neste sentido, é preciso demarcar várias "reservas biológicas" para garantir a manutenção da diversidade genética das populações de seres vivos em seus habitats próprios, com a proteção dos componentes de ecossistemas inteiros, através de uma cadeia indissolúvel que sustente a permanência do fenômeno da Vida.
Os humanos são considerados os únicos seres inteligentes do planeta, porém são os que mais agridem e destroem o meio ambiente. No passado acreditava-se que os homens poderiam interferir nos elementos da Natureza, dominando e consumindo voraz e indefinidamente os seus recursos biológicos. 
Mas quando destruímos as coberturas vegetais, em um processo constante e indiscriminado de desmatamento das nossas florestas nativas, estamos reduzindo também o conjunto de matéria orgânica e o nível de produção de oxigênio na atmosfera, provocando assim o desequilíbrio biológico dos ecossistemas e a progressiva destruição das formas de vida existentes no planeta Terra.  

domingo, 7 de abril de 2024

MEMÓRIA DA IMPRENSA - ZIRALDO EM POUSO ALEGRE

Ziraldo viajou o mundo, o Brasil e Minas Gerais. Esteve algumas vezes em Pouso Alegre, como no showmício a favor das Diretas-Já, em abril de 1984, que contou também com a presença de outros artistas, como Lélia Abramo, Priscila Camargo, Sílvio Cézar, João Nogueira, entre outros. E em março de 2005, participou de um evento para jovens estudantes no Colégio São José.