segunda-feira, 8 de abril de 2024

CONDIÇÕES NATURAIS PARA A EXISTÊNCIA DE VIDA NA TERRA


O termo “ecologia” deriva de duas palavras gregas: “olkos”, que pode significar “casa” ou, em um sentido mais amplo, “ambiente”; e “logos”, que significa “ciência” ou “estudo”. É definido, portanto, de forma sintética, como “ciência do ambiente” ou, em um conceito mais completo, “a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem” ou ainda “a ciência que estuda os ecossistemas”.
Ecossistema é todo o conjunto biológico formado por um ambiente físico, como o solo, a água e o ar, incluindo os seres vivos que o habitam. São exemplos simples de ecossistemas os campos, as florestas, os rios, os lagos, os mares etc. Ecologia, portanto, é o estudo das condições naturais que garantem a sobrevivência dos seres vivos e possibilitam o desenvolvimento e a proliferação das várias formas de vida no planeta.
A essência deste fenômeno complexo está condicionada ao entrelaçamento de um vasto conjunto de diferentes “módulos” ambientais. A conjugação de vários tipos de pequenos ecossistemas conduz à formação de ecossistemas maiores e ainda mais complexos, compondo desta forma a estrutura e o equilíbrio global do grande ecossistema planetário, a chamada “biosfera” terrestre.
A possibilidade de existência de vida no planeta Terra depende, portanto, de múltiplas atividades físicas e químicas que caracterizam a dinâmica estrutural da biosfera. Cada módulo ou sistema ambiental está equilibrado de forma a consumir uma determinada quantidade de gás carbono e água, produzindo a partir destes elementos um certo volume relativo de oxigênio e de matéria orgânica que serve de alimento para os seres vivos.
As variadas espécies da fauna e da flora desempenham papéis específicos nesta engenharia ambiental, atuando como entes interdependentes na produção permanente de energia para a vida, através de diversas estruturas de cadeias alimentares. Uma alteração em larga escala na qualidade ou na quantidade do consumo e produção destes elementos físico-químicos nos ecossistemas menores poderá desequilibrar todo o ecossistema planetário, comprometendo as condições necessárias para a preservação da vida na Terra.
A imensa diversidade de seres vivos é uma das principais características da Natureza. As comunidades biológicas habitam um espaço chamado "habitat", onde exercem as atividades de reprodução e consumo de energia (nicho ecológico). Os vegetais que se reproduzem por meio de flores, por exemplo, necessitam de alguma espécie de inseto para a sua polinização e a perpetuação da sua espécie. O extermínio deste tipo de inseto no meio ambiente vai provocar também a extinção destes vegetais e um desequilíbrio em cadeia de todo o ecossistema.
Os chamados “fatores ecológicos” de cada espécie são determinados pela forma como as populações de seres vivos trabalham e sobrevivem no seu habitat. Existem, portanto, determinados limites naturais de tolerância para a sobrevivência das espécies em um ecossistema integrado. A modificação das condições biológicas características dos habitats naturais irão prejudicar o desenvolvimento dessas espécies, e, em alguns casos, até levar à sua extinção.
A morte de grandes populações de insetos pela aplicação indiscriminada de pesticidas vai impossibilitar a polinização e a reprodução das plantas, provocando, por sua vez, a morte das aves que vivem do alimento produzido pelas plantas. E a morte das aves trará novas alterações no ecossistema, formando um círculo vicioso cada vez mais acelerado.
A destruição de ecossistemas pela intensidade e pelo acúmulo das atividades poluentes do ser humano é a principal causa de extinção e de perda da diversidade biológica do planeta. Este processo de degradação atinge também as populações humanas, já que a existência de uma grande biodiversidade é fundamental para garantir, por exemplo, a água que bebemos e o ar que respiramos, bem como para manter a produtividade do solo, entre outros fatores.
Por isso é tão importante cuidar da preservação de todas as espécies, dos peixes, dos anfíbios, dos répteis, dos insetos e de toda a fauna e flora, sob pena de quebrarmos os elos essenciais que nos mantêm vivos nos diferentes sistemas biológicos interagentes do nosso planeta. Serão imprevisíveis os perigos que poderão surgir para a vida na Terra se continuarem as alterações degenerativas das condições naturais do planeta em função das ações industriais das comunidades humanas.
Diante deste horizonte alarmante, a preocupação com a qualidade do ar e da água foi um dos pontos de partida para a construção de políticas de preservação, através da permanente aferição dos níveis de pureza destes elementos no meio ambiente. Apesar do ar e da água serem tão abundantes na Natureza, atualmente já podem ser considerados como bens escassos em algumas regiões do planeta, devido à sua má utilização, aos altos índices de poluição e à degradação permanente dos ecossistemas que garantem a produção das suas fontes naturais.
A cada dia que passa, aumenta a consciência social sobre a necessidade de cuidar destes dois bens fundamentais da Natureza - o ar e a água. Neste sentido, é preciso demarcar várias "reservas biológicas" para garantir a manutenção da diversidade genética das populações de seres vivos em seus habitats próprios, com a proteção dos componentes de ecossistemas inteiros, através de uma cadeia indissolúvel que sustente a permanência do fenômeno da Vida.
Os humanos são considerados os únicos seres inteligentes do planeta, porém são os que mais agridem e destroem o meio ambiente. No passado acreditava-se que os homens poderiam interferir nos elementos da Natureza, dominando e consumindo voraz e indefinidamente os seus recursos biológicos. 
Mas quando destruímos as coberturas vegetais, em um processo constante e indiscriminado de desmatamento das nossas florestas nativas, estamos reduzindo também o conjunto de matéria orgânica e o nível de produção de oxigênio na atmosfera, provocando assim o desequilíbrio biológico dos ecossistemas e a progressiva destruição das formas de vida existentes no planeta Terra.  

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