Este livro, cujo estilo procura aproximar-se do singelo e natural da gente da roça, foi escrito com o temerário propósito de se fazer um romance em que nada acontece de anormal.
Representando cenas e almas vulgares, pretende mostrar a ignorância, a simplicidade, a timidez e a lentidão do caipira roceiro. Mas a
narrativa, ressentindo-se da vulgaridade do assunto, criou o problema da
monotonia, que o autor tentou resolver por meio de casos folclóricos e
paisagens naturais, salvo as destinadas ao esclarecimento da psicologia de
certos personagens.
Evitando prejudicar a naturalidade da narrativa, o autor registrou, intencionalmente, muitas das nossas expressões dialetais, vários termos portugueses que ficaram dos primitivos colonizadores e alguns arcaísmos da língua em pleno uso entre a gente rústica.
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